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O chão é um ensino.

Manoel de Barros

 

 

“Meu pai, quando encontrava um problema na roça,

se deitava sobre a terra com o ouvido voltado para seu interior,

para decidir o que usar, o que fazer, onde avançar,

onde recuar. Como um médico à procura do coração.”

Itamar Vieira Júnior

 

 

O chão pare a árvore

pare o passarinho

pare a rã

Manoel de Barros

 

 

... Existe é o homem humano. Travessia.

João Guimarães Rosa

 

 

 

 

 

 

 

 

E, também sobre o chão, Guimarães diz, em sua dança de Deus com o Diabo: “Até as pedrinhas do fundo, uma dá na outra, vão-se arredondinhando lisas, que o riachinho rola”. Assim talvez seja então as coisas e a gente, uma dando na outra, se gastando e se moldando e se enchendo com o “quem” da outra coisa e o “o que” da outra gente. E, depois, Barros pergunta: “Todas as coisas têm ser?” Poderia responder, perguntando: Toda a gente têm estar?

 

Ultimamente ando olhando o chão, procurando. Venho organizando uma particular aprendizagem do chão. Reconhecer o chão é o primeiro passo, e todos os outros bifurcam-se disso. Reconhecer e recolher o chão imediatamente ao redor e o mais além que for possível. Então, notar, anotar e rimar o chão.

 

Há especial olhar para essas “quisquilhas da natureza” e a vontade de ordená-las como “palavras que ainda não tenham idioma” (para usar Rosa e Barros pela última vez). O objetivo mais claro talvez seja criar um inventário de chão para fundar algum mistério. Importante grifar na palavra inventário os verbos inventar e ventar. Fazer, assim, um inventário mais inventado do que inventariado, que se pretende mais ao ofício do ventar do que o de qualquer outro.

 

 

 

 

 

 Mini Bio

 

Artista visual e poeta, SP/SP, 1979. Formado em Comunicação Social pela FAAP. Possui interesse na palavra e suas possíveis visualidades e na relação do caminhar e errar como construção de uma nova paisagem. Trabalha com objetos, esculturas, livros de artista, textos e instalações em que utiliza materiais brutos, normalmente encontrados nas ruas, praias e matas.

Realizou 05 exposições individuais, com destaque para eu,mesmo:outro , de 2016, em que explorou as possibilidades da tradução, tanto entre línguas, como entre linguagens, assunto ainda presente em sua pesquisa.  Na sua mais recente exposição reuniu uma série de trabalhos instalativos, alguns com proposta interativa, que possuíam uma ligação com suas derivas, leituras e à transformação de objetos ordinários em elementos “sagrados”.

Experimenta longas caminhadas como forma de pesquisa do subjetivo, fazendo da deriva e da errância um ato artístico, eventualmente materializado através de esculturas, textos, desenhos e instalações.

Atualmente segue a pesquisa e fascínio em costurar artisticamente essas pontas: o livro e a estrada, a palavra e o deslocamento.

De 2014 a 2024 foi representado pela Galeria Sé, atualmente é representado pela Galeria Luís Maluf.

 

Exposições:

chão é outra palavra para voo | individual | curadoria ana carolina ralston |galeria luis maluf | 2025

húmus | exposição coletiva | curadoria ana carolina ralston, hugo fortes, sandra rey | EdA ECA USP | 2025

nomes que não têm | exposição coletiva |organização daniela avelar, livia aquino, fabio morais | canteiro | 2025

dez anos | exposição coletiva | curadoria ana carolina ralston | galeria luis maluf | 2024
de tudo fica um pouco | duo com mônica ventura | curadoria ana carolina ralston | galeria luís maluf | 2024

olhe bem as montanhas | exposição coletiva | curadoria camila bechelany |galeria quadra |2024

bloco testemunho | exposição coletiva | curadoria mariana tassinari | pavilhão BV | 2024
como construir uma paisagem | exposição coletiva | curadoria vitor mazon | casa basa | 2024

​apaixonados | exposição coletiva | acervo andréa e josé olympio pereira | curadoria jacopo crivelli visconti | 2023

ps. nos achamentos do chão também foram encontrados os mistérios do voo | individual | galeria sé | 2022

arte natureza: ressignificar para viver | exposição coletiva | curadoria ana carolina ralston | SP ARTE | 2022

SARP Salão de Arte do Museu de Ribeirão Preto | exposição coletiva | MARP | 2020

​​dia, noite, noite | exposição coletiva | acervo andréa e josé olympio pereira | curadoria julia rebouças  2020

corpo gesto palavra sangue brasil abismo | exposição coletiva | galeria sé | curadoria maria montero | 2020

​dominó | exposição coletiva | casa da luz | curadoria camila bechelany |2019

​água da palavra | exposição coletiva | curadoria galciane neves | 2018

​:háuma, | individual | galeria sé | curadoria maria montero | sp | 2018

​​desvios, conjunto de exemplos | individual | galeria sé | sp | 2018

​​tudo joia | coletiva | galeria bergamim & gomide | sp | 2016

​​eu,mesmo:outro | individual | galeria sé | curadoria galciane neves | sp | 2016

​​da raiz ao objeto | coletiva | cartel 011 | curadoria camilla barella | sp | 2015

​​dexposição ou rearranjo | coletiva | tofiq house | curadoria fernando ticoulat | sp | 2015

​​avesso do avesso do avesso  | coletiva | galeria sé | curadoria maria montero | sp | 2015

​​​a poesia venceu  | individual | galeria sé | curadoria maria montero | sp | 2014

 

 

Residências:

casero campos de altitude | residência artística | parque nacional de itatiaia – rj | 06.2025

​programa LAVA! Na Fonte | residência artística | sp | 08-09.2019

​casero | residência artística | parque nacional de itatiaia – rj | 07.2019

​​pivô arte e pesquisa | residência artística | sp | 01-04.2019

​kaáysa | residência artística | bolsa integral | boiçucanga | 10.2018 

 

 

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